História



COMO TUDO COMEÇOU?

         Em 1996 a professora Bettina Monika Ruppelt foi solicitada por um aluno de escola pública a orientá-lo no projeto de plantas medicinais que o mesmo apresentaria na Feira de Ciências da sua escola. Durante o mesmo ano, a professora Bettina também foi procurada por uma vereadora do Município de Palotina que solicitou uma assessoria para escrever um projeto de lei intitulado “Vida e Saúde”, o qual implantava os canteiros de plantas medicinais nas Escolas Públicas de Palotina, com auxílio da UFPR. A Lei foi aprovada em 1996.
         Em 1997, deu-se início o Projeto “Fitoterápico nas Escolas” o qual foi desenvolvido no CAIC com crianças carentes e com dificuldades de aprendizagem da 5ª e 6ª série. Durante a implantação do canteiro de plantas medicinais os alunos aprenderam a história e a importância das plantas medicinais, bem como tiveram noções de biologia e matemática.
         No ano de 2000, iniciou-se o projeto “Canteiros de Plantas Medicinais nas Vilas Rurais do Município de Palotina” com o objetivo de reduzir custos com medicamentos, melhorar a qualidade de vida e aumentar a renda dos seus moradores, incentivar o uso de plantas medicinais e a implantação de canteiros nas propriedades das duas vilas rurais do município de Palotina.
Também em 2000, foi criada a disciplina “Uso de Plantas Medicinais na Medicina Veterinária” e que, após a reforma curricular em 2009, passou a ser ofertada todos os semestres como disciplina optativa.
         Em 2004 foi realizado, em parceria com a Itaipu Binacional, UFPR Campus Palotina, UNIOESTE, CAPA e UNIPAR, o levantamento etnofarmacológico nos 29 municípios da Bacia do Paraná III. O levantamento gerou uma demanda da ampliação do projeto para 9 Municípios da Bacia do Paraná III. O projeto “Plantas Medicinais na Bacia do Paraná III” realizou palestras, peças de teatro, distribuição de mudas e implantou canteiros de plantas medicinais nos municípios participantes no período de 2006 a 2007.
         De 2008 a 2009 o projeto “Plantas Medicinais e Fitoterápicos na Rede Pública Bacia do Paraná III” teve como objetivo assessorar os gestores na implantação de fitoterápicos nos postos de saúde. Durante este período houve uma ampla divulgação do projeto e ações distintas foram solicitadas por diversos setores da comunidade local. Foram solicitados projetos com crianças de 6 a 15 anos assistidas pelo Serviço de Obras Sociais, continuação dos programas de rádio iniciados no projeto anterior, e uma demanda das zeladoras do Campus Palotina, que solicitaram palestras sobre o preparo de chás e sobre o uso correto das plantas medicinais.
         Em 2010, através do REUNI, foi ampliada a oferta de Cursos de Graduação e de Cursos Tecnológicos na UFPR Campus Palotina e com isso houve a contratação de docentes e técnico-administrativos com formação em diferentes áreas do conhecimento e que envolvem o estudo das plantas medicinais. Neste momento, houve um aumento do número de bolsas (Permanência, Extensão, Ações Afirmativas, Monitoria, Iniciação Científica) oferecidas pela UFPR, bem como a procura dos alunos por projetos de pesquisa e extensão. Estes fatores favoreceram a implantação de projetos de pesquisa e do programa de extensão “Plantas Medicinais” que inicialmente contou com cinco projetos:
1. “Cultivando Plantas Medicinais I”: participaram do projeto crianças e adolescentes dos Programas Sócio-Educativos – CEMIC (Centro de Estudos ao Menor e Integração a Comunidade) e RENASCER (Programa de Prestação de Serviço e Liberdade Assistida), funcionários e familiares. Teve como objetivo geral estimular o uso de plantas medicinais pelos alunos do CEMIC, bem como entre seus familiares, capacitar os seus funcionários, além da manutenção e ampliação do canteiro implantado em projetos anteriores.
2. “É Hora do Chá no Campus Palotina”: desenvolvido na Universidade Federal do Paraná – Campus Palotina, teve como público-alvo as zeladoras do Campus Palotina e como objetivo geral orientar sobre a forma correta de preparar os chás oferecidos aos professores e técnicos do Campus.
3. ”Plantas medicinais no ar”: o projeto teve como público-alvo os produtores rurais associados ou não da C.Vale - Cooperativa Agroindustrial, ouvintes do programa de rádio “Informativo C.Vale” no qual faz parte o quadro “Plantas Medicinais”. Este projeto objetivou esclarecer as dúvidas dos produtores rurais e ouvintes sobre plantas medicinais.
4. ''Cultivando plantas medicinais com alunos portadores de necessidades educativas especiais”: projeto que teve como público-alvo grupos sociais vulneráveis e pessoas com deficiências, incapacidades e necessidades especiais. O projeto visou a inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais, utilizando-se de plantas medicinais.
5. “Difundir e incentivar o uso correto de plantas medicinais nos clubes de mães de Palotina-PR”: o projeto teve como objetivo principal difundir o uso popular de plantas medicinais, disponibilizando conhecimentos científicos sobre a forma correta da utilização dos infusos, decoctos, xaropes e auxiliando na identificação correta das espécies medicinais. O público-alvo são as mulheres que participam dos clubes de mães.
        
Ainda em 2011, iniciaram-se as atividades no Colégio Cecília Meireles, das quais participaram alunos e professores da 5a e 6a séries do ensino fundamental e alunos do 2o ano do ensino médio. O projeto incentivou o estudo da biologia entre os alunos utilizando-se as plantas medicinais.
         Em 2012, o programa está realizando pesquisas através de levantamento etnofarmacológico. Os dados coletados serão tabulados e utilizados para a preparação das atividades extensionistas bem como servirão de base para projetos de pesquisa que terão como objetivo principal resgatar o uso de preparações populares no tratamento de enfermidades e testar a atividade antimicrobiana, antifúngica, analgésica, anti-inflamatória, cicatrizante e antiestresse dos extratos das plantas medicinais nativas e exóticas utilizadas pela população da região oeste do Paraná.

Nenhum comentário:

Postar um comentário